Panis et Nonsenses... !!!

Divagações, momentos, memórias, delongueadas, poulaineadas, patetices, cinismo, teses de sentido e validade duvidosos, jedaizices, incoerências ambíguas e sem lógica, e supercalifragilistiexpiralidosações em geral! Ou seja, eu... eu acho!!! Constante inconstância exclamativo-interrogativa... acho que isso diz muito e pouco, dependendo da ótica

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Não creio que esse perfil mereça algum esforço de boa descrição... Não que este daqui mereça, mas: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=995235312369024623

Saturday, December 24, 2005

Gravatas, formatura... e um saco com berinjelas e moranga!

Sei que esse não é o mais esperado dos temas para esse post de final de ano, mas gostei da linha de raciocínio e vou expor toda a tralha aqui! Sim, discutamos as gravatas!

Tínhamos, eu e Marilia, uma conversa normal no MSN que, após passar por assuntos como formaturas (vide outra teoria sobre mais abaixo), sincronicidade e Jung (fantástico, tremendo tema), Donald Trump (invejo aquele cabelo... hahaha, brincadeira) e aviões Concorde (a mais fálica das aeronaves), caímos nas gravatas!
Ultimamente, nosso grupo tem se apegado ao Freudianismo (Sigmund usava gravata como todos, hein!) em muitos momentos e a nossa ótica fálica do mundo surge constantemente. Falávamos sobre a “falicidade” (acho que essa palavra nem existe) do Concorde (que é algo caro, cobiçado, importante e imponente, tem o formato e ainda conta com aquele maldito bico móvel, terrível!) e, quando li a palavra gravata, houve o insight: a gravata vai além de um simplório qualquer!

Veja nossas conclusões: é um falo inerte (tecido mole que esvoaça com o vento, usando-se prendedor ou não) e contrário ao real, e que, com aquela ponta (sim, a gravata tradicional não é uma tira horizontal que acaba quadrada, tira-se um triângulo de cada ponta) forma uma seta dirigida pro equipamento do dono!!! Ou seja, é um meio do usuário sugerir o que tem e gabar-se dele, como naquelas placas indicando lojas cujo formato lembra o artigo vendido (uma placa de supermercado em formato de carrinho de compras, por ex.)!
Comentei com Marília que sempre adorei usar gravatas e ela emenda: “Mas claro, você quer valorizar o seu”! A maioria dos homens acha incômodo, mas dou razão a ela: a maioria se incomoda pelo desconforto físico daquilo no colarinho, mas ainda assim digo que muitos não gostam por achar feio mesmo.

Continuamos depois com a gravata borboleta, que gerou dois caminhos interpretativos, o dela mais aceitável e o um meu mais “viajadão”.
1) Fácil de se entender; a pessoa tem tanto o falo quanto o lugar onde colocá-lo, a borboleta (símbolo que já se explica por si só), ou seja, ele diz “baby, olha como eu me completo sozinho, sou um ser auto-suficiente”! Por isso que smoking é mais elegante e chique que um terno!!! Com smoking, a criatura está se “achando mais”!
2) Considere os dois lados da borboleta, cada um com uma volta formando um orifício e o nó no meio, sólida unidade! Com esses dois buracos, ele diz “olha, eu me completo pois tenho o falo e onde coloca-lo, mas ainda assim sobra um orifício e, como eu sou tão legal e bondoso, posso cedê-lo para seu uso”. É meio egoísta, mas me ocorreu...
Contudo, há ainda uma visão muito bonita: olhamos para a unidade comum dos lados no nó no centro e podemos achar que é apenas um simples entrelaçamento que os une mas, ao desmancharmos, encontramos a gravata como uma tira inteiriça, ou seja, desde o princípio os lados já eram unidos e nem sabiam! Lindo isso, dá belos paralelos...

E então, acham que somos realmente carentes de Lexotan e outros tarja preta, que temos um senso de psicofilosofia humorística muuuito do ruim ou isso pode, lá no fundo, fazer algum sentido?

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Nesses tempos de “2005 em Grand Finale”, após duas formaturas, outra asneirinha me ocorreu. Ver aquele monte de gente, após as colações cheias de pompa e roupas da maior fineza, todos correm pra dançar “sugestivamente” sons com termos do tipo “cachorra”, “atolada”, “dar é bom”, “tchutchuca”, “mulheres dragões”... Sabe, não entendi ainda, minha pobre mente atrasada é um tanto incompetente frente a essas mesclas sincréticas.
Não é preconceito, de modo algum! Mas é estranho...
Seria o conceito do “vista-se como princesa para depois virar a noite como vadia”???

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Enquanto escrevia esse post, toca o interfone e Mr. Gus, o único ser (acordado) em casa (bem, tem a Mentirinha), vai atender com a esperança de que fosse um pacote da Saraiva (não era presente pra mim, mas o paranóico aqui faz questão de entregá-los aos destinatários na data certa). Oh, e sabe o que surge no meu portão durante a vomitação das gravatas fálicas? É o meu vizinho, com uma sacola contendo algumas BERINJELAS e uma MORANGA, pedindo que entregasse para a minha mãe!!! Olha, não sei agora lendo, mas nesse momento estou achando a situação muito da bizarra e engraçada!!! Hahahaha!

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That’s all, folks, (<- com a voz do Gagaguinho) ao menos por esse ano! E já chega, né... (vide o outro post)! Que 2006 renda ainda mais e que cheguemos aos objetivos sofrendo menos! Um Feliz Natal! Muita paz, saúde, alegria, conquistas, realizações, vitórias e tudo o mais de bom para todos e suas famílias! Desculpe repetir esses clichês de cartões festivos, mas são meus desejos sinceros! (Não colocarei aqui saudações religiosas porque, apesar de eu o ser, esse é um espaço laico). Até 2006, o ano que há de dar muito certo!!! Logo logo tem mais Panis et Nonsenses! Beijo, abraço... e ciao ciao!

P.S. ainda em tempo: a caixa da Saraiva chegou antes que eu acabasse esse post (pÔuuust, né Iuri?)!

Saturday, December 10, 2005


2005: Avaliação do ano, como era de se esperar...

O ano ainda não acabou, mas como dezembro é um mês em grande parte dedicado a esse tipo de raciocínio, tento dar aquela tradicional desfragmentada geral nos últimos doze meses.
São vários os textos que por aí circulam dizendo que o ano é mais do que o período de translação do planeta, a nossa “rocha que gira no vácuo espalhando dor e sofrimento para todo lado” (hehe, não esqueci mais dessa do seriado “Blossom”; alguém viu isso?!), que o ano é um período afixado para que o homem, no final, possa se conformar com o cansaço e as fantasias não realizadas, possa celebrar as conquistas desse espaço de tempo e possa alimentar esperanças para a próxima leva que vem chegando... Eu concordo plenamente com isso! Então, vamos lá ver o que se passou nos últimos tempos comigo...
No campo acadêmico, vejamos! Foi o exaustivo ano da neurose do vestibular, do o que quer da vida, do “decida-se e faça bonito”, do “tomara que esse ano de tortura baste”; tudo isso é multiplamente doloroso pra pessoas como eu, que já são neuróticos por natureza, que prestam para cursos altamente concorridos, que acham que querem seguir uma profissão (e leia-se também vida) “arriscada”! Não vou discutir aqui mais uma vez a injustiça, má formatação e absurdos desse sistema, basta lembrar que doeu e DÓI pra caramba! Não sei ainda também se, quando esse período passar, eu vou querer me esquecer de tudo ou continuar (mais brandamente) revoltado com... O primeiro seria mais saudável, mas sei que tendo ao segundo caminho!
Se valeu a pena? Bem, eu fui aprovado em uma (yessssssssssssss! ;-D ) e, uma das maiores alegrias nisso é dizer que o que fez realmente a diferença nessa aprovação não foi nada que tenha aprendido no Ensino Médio, gastando minhas tardes (sim, estudo é investimento de tempo, mas afirmo que o conteúdo do ensino médio é, em boa e inegável parte, uma perda de vida!) fazendo exercícios de eletrostática ou polinômios! Não posso dizer o mesmo a respeito dos outros vestibulares que presto (e quero muuuito passar também, viva a USP!), mas enfim... isso não muda o conceito do resto!
Bem, no campo familiar, o que dizer? Boas afinidades costumeiras (há os atritos normais, eu não esperava algo diferente sendo eu tão teimoso, contestador e de gênio um pouco carregado), excluindo-se a acentuação dos atritos com a minha irmã... Também era mesmo de se esperar, um “perdedor chato careta” e uma “patricinha influenciável” sob mesmo teto não pode ser uma harmonia da ante-sala do Paraíso. Mas, enfim, normal! Perdi ainda nesse ano o último dos meus 4 avós... Hum, acho que é mais ou menos isso nesse quesito.
Acho também que melhorei em aspectos como impaciência, tolerância e fiquei menos sistemático e perfeccionista (mas ainda não no nível ideal). Também aprendi a ser menos tímido e calado (tirando o entre amigos, eu acho muito confortável o silêncio; mas, se me pedem minha opinião, não costumo medir esforços pra deixá-la bem clara, agrade ou não) nas horas oportunas e a esconder menos opiniões e sentimentos, creio eu. E saio desse ano ainda um pouco mais modernizado e muito menos caretão; ironicamente, nada que o eu de um ano atrás reprovaria, acredito. Não sei se as mudanças foram efetivamente aplicadas o tempo todo porque, como disse, a neura do vestibular consome a gente, mas sei que logo elas aparecem!
Alguns defeitos pioram ou surgem, mas esses acima citados eu consegui em parte combater, o que me deixa mais satisfeito. Acho que mantive o que considero qualidades em mim, apesar de o bom humor ter falhado em muitíssimos dias, pois às vezes falta energia pra engolir a angústia e (engolir os problemas e o cansaço pra não encher a paciência de ninguém requer uma forcinha considerável, e nesse 2005 ela rareou em muitos quadradinhos do calendário), nessa externalização, a introspecção reflexiva que me agrada vai pra béstia. Ah, aiai...
Vida amorosa eu não posso dizer que foi ruim, afinal, só se classifica como bom ou ruim algo que exista. Já o fato dela ser inexistente é que é profundamente lamentável... bem, esquece, não me aprofundarei nesse tema também ou o post todo vai pro poço, pra fossa!
Amizade!!! Pois sim, uma das chaves para a felicidade! Acho que, nesse quesito, foi um ano de sucesso! Amizades mais normais permaneceram boas em seu nível e função, amizades profundas e de alta confiança ficaram ainda mais concretizadas e fundamentadas... E amizades promissoras para serem profundas e de alta confiança surgiram da metade do ano pra frente e felizmente crescem mais rapidamente que o “Alien” do Ridley Scott, o que é maravilhoso!!!Vocês sabem do que falo (hei, esse “falo” não é fálico, ta?), né? :-D Sei que “Pequeno Príncipe” pode parecer coisa de Miss Festa da Goiaba, mas eu acredito profundamente no “és responsável pelo que cativas”. E eu sou do tipo que acha importante cativar e ser cativado!
Crescimento do conhecimento, outro aspecto! Dizia João Guimarães Rosa (mais ou menos isso) que o sentido de se viver é juntar conhecimento, que devemos aprender tanto quanto a vida permitir. Conhecimento nas áreas de interesse e curiosidades em geral é uma diversão/missão/hobby/busca diários! É tão bom!!! E, apesar de toda a energia mental, disposição e tempo despendidos naquele monte de coisas desinteressantes para mim relativas a vestibulares, acho que o tempo livre que sobrou (muito inferior ao que eu desejava) até que rendeu um pouco! Li muito menos do que desejava, vi menos filmes, toquei e ouvi menos músicas, xeretei menos em sites de diversos assuntos (de antigomobilismo à filatelia, de Jung e Freud à Mozart, de filosofia à fotografia e cinema), falei (mesmo via MSN) e vi menos amigos... mas enfim, a gente tem que se conformar.
Não acho mais nada para ser comentado. Não vale a pena dizer que eu também cresci e coisas do tipo.
Não sei também que comentário final caberia aqui... afinal, ainda é cedo demais para deseja Feliz Natal e um Feliz 2006! Então acaba assim, de repente, só pra variar um pouco!!! Ciao!
Pra não ficar um post sem imagens, vai essa fotografia que tirei de uma das minhas árvores favoritas, numa das estradinhas que circundam a cidade (Itatiba-Valinhos)! Gosto tanto dela (tão enorme e senhora em sua sapiência!) que coloquei até no álbum do Orkut outra foto dela!

Comentário Pós-post: Parte desse post foi escrito sob azia causada por uma pizza de quatro queijos. Portanto, se eu “viajei” muito, parte da culpa é daquele provolone radioativo!
Tive ajuda dos sons de Edith Piaf, Pink Floyd, Placebo, Thr Corrs e Vinicius de Moraes.

Sunday, December 04, 2005

Maioridade e uma grande comemoração... com Quintana e um lindo chaveirinho multifunção de brinde se comprar ainda hoje!

Pois bem, este é um post de tema conjunto, pois creio que o próximo post do excelente e recomendadíssimo (idem à amiga que escreve) Flog de Marilia ( http://flogs.com.br/mariliajustino ) também tratará desse mesmo nobre assunto: a maioridade do amigo Iuri!

PARABÉNS, IURI! Uma pessoa que, pasmem, me agüenta há uma década... E não é levando com a barriga não, muito além: é um dos que mais perto chegou de mais ou menos entender esse ser bizarro que vos escreve! Iuri é um ser paciente, inteligente, divertido, de excelentes gostos e insights, competente, hilário, culto, de mente mágica... tudo isso como poucos! E com um futuro brilhante, na biomedicina e na vida!!! Vamos lá, pessoal, vocês que comentam e conhecem-no reforcem! Marilia, vai lá, reforça isso e faça acréscimos!

Se quiserem saber o que acho da maioridade, é só voltar alguns posts atrás e ler o da minha própria... Não posso dizer que é exatamente animador, mas enfim, é o que temos que engolir (não, isso não é Síndrome de Peter Pan não, ao contrário!).
Aqui, não teremos imagens, mas sim os guardanapos do aniversário (que teve a presença de um cativante filhote de Labrador)! A prestativa Mademoiselle Meirelles, que descubro só agora ser uma grande fotógrafa, inovou e resolveu fazer uma espécie de mural com as palavras-chave da maravilhosa conversa, que foi desde o peso da trina “amizade-amor-sexo” no casamento até as reais possibilidades de se implantar um socialismo marxiano no mundo (Uau, a gente ta virando hippie, pessoal; só faltou o violão e a fumaça!)! Seguem os dois documentos, as atas do evento!

Notar a sujeira de bolo (não me pergunte se foi antes ou depois do escrito que esse chocolate foi parar aí), de “nozes 1000% burguesas”, e o cartãozinho do recinto que assistiu espantado todo o furdúncio.
Pergunto-me se, no futuro, não estarão os grandes documentos da humanidade, os tesouros arqueológicos, as leis das massas, a motivação dos museus... contidos em guardanapos de pizzaria!!! Se o Chico Buarque e outros da laia aí escreveram letras de sambas e, agora nós, colocando tópicos de compêndios filosófico-político-psicológicos... o futuro está nos Chiffon com padrão ondulado!
E tantas pessoas correndo atrás de agendas nesse final de ano.... Tsc tsc, arrumem uma daquelas “televisões” (porta-guardanapo de restaurante) e coloquem na suas mesas executivas!

***
Era pra ter mais um tema aqui hoje mais um tema, mas não estou com pique agora para escrever sobre (basicamente, seria sobre a incompetência de certos seres de até mesmo comemorar algo, inspirado por um torcedor alucinado que vi na TV...), portanto deixo vocês com o Quintana!!! Como é que nunca coloquei nada dele aqui até hoje?


AH! OS RELÓGIOS – Mario Quintana (1906-1994)
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vida
sem seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...


OS DEGRAUS – Mario Quintana
Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...

POEMINHA SENTIMENTAL – Mario Quintana

O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora
.A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.

EXAME DE CONSCIÊNCIA - Mario Quintana

Se eu amo o meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?


***
Tenho vergonha de confessar que tive que brigar bastante comigo mesmo para omitir daqui o comentário “Hey, alguém aqui já conhecia o Mário...?”!
PQP, coloquei-o assim mesmo! Droga...

P.S.: Nesse fim de semana estou muito feliz, apesar dos estudos e da falta de energia do final do ano!!! Curitiba, yahoooooooo....
Obrigado pelas torcidas, amigos... Abuso de suas boas-vontades e peço que continuem, agora pela passagem para a segunda fase da Fuvest! Obrigado!