2005: Avaliação do ano, como era de se esperar...
O ano ainda não acabou, mas como dezembro é um mês em grande parte dedicado a esse tipo de raciocínio, tento dar aquela tradicional desfragmentada geral nos últimos doze meses.
São vários os textos que por aí circulam dizendo que o ano é mais do que o período de translação do planeta, a nossa “rocha que gira no vácuo espalhando dor e sofrimento para todo lado” (hehe, não esqueci mais dessa do seriado “Blossom”; alguém viu isso?!), que o ano é um período afixado para que o homem, no final, possa se conformar com o cansaço e as fantasias não realizadas, possa celebrar as conquistas desse espaço de tempo e possa alimentar esperanças para a próxima leva que vem chegando... Eu concordo plenamente com isso! Então, vamos lá ver o que se passou nos últimos tempos comigo...
No campo acadêmico, vejamos! Foi o exaustivo ano da neurose do vestibular, do o que quer da vida, do “decida-se e faça bonito”, do “tomara que esse ano de tortura baste”; tudo isso é multiplamente doloroso pra pessoas como eu, que já são neuróticos por natureza, que prestam para cursos altamente concorridos, que acham que querem seguir uma profissão (e leia-se também vida) “arriscada”! Não vou discutir aqui mais uma vez a injustiça, má formatação e absurdos desse sistema, basta lembrar que doeu e DÓI pra caramba! Não sei ainda também se, quando esse período passar, eu vou querer me esquecer de tudo ou continuar (mais brandamente) revoltado com... O primeiro seria mais saudável, mas sei que tendo ao segundo caminho!
Se valeu a pena? Bem, eu fui aprovado em uma (yessssssssssssss! ;-D ) e, uma das maiores alegrias nisso é dizer que o que fez realmente a diferença nessa aprovação não foi nada que tenha aprendido no Ensino Médio, gastando minhas tardes (sim, estudo é investimento de tempo, mas afirmo que o conteúdo do ensino médio é, em boa e inegável parte, uma perda de vida!) fazendo exercícios de eletrostática ou polinômios! Não posso dizer o mesmo a respeito dos outros vestibulares que presto (e quero muuuito passar também, viva a USP!), mas enfim... isso não muda o conceito do resto!
Bem, no campo familiar, o que dizer? Boas afinidades costumeiras (há os atritos normais, eu não esperava algo diferente sendo eu tão teimoso, contestador e de gênio um pouco carregado), excluindo-se a acentuação dos atritos com a minha irmã... Também era mesmo de se esperar, um “perdedor chato careta” e uma “patricinha influenciável” sob mesmo teto não pode ser uma harmonia da ante-sala do Paraíso. Mas, enfim, normal! Perdi ainda nesse ano o último dos meus 4 avós... Hum, acho que é mais ou menos isso nesse quesito.
Acho também que melhorei em aspectos como impaciência, tolerância e fiquei menos sistemático e perfeccionista (mas ainda não no nível ideal). Também aprendi a ser menos tímido e calado (tirando o entre amigos, eu acho muito confortável o silêncio; mas, se me pedem minha opinião, não costumo medir esforços pra deixá-la bem clara, agrade ou não) nas horas oportunas e a esconder menos opiniões e sentimentos, creio eu. E saio desse ano ainda um pouco mais modernizado e muito menos caretão; ironicamente, nada que o eu de um ano atrás reprovaria, acredito. Não sei se as mudanças foram efetivamente aplicadas o tempo todo porque, como disse, a neura do vestibular consome a gente, mas sei que logo elas aparecem!
Alguns defeitos pioram ou surgem, mas esses acima citados eu consegui em parte combater, o que me deixa mais satisfeito. Acho que mantive o que considero qualidades em mim, apesar de o bom humor ter falhado em muitíssimos dias, pois às vezes falta energia pra engolir a angústia e (engolir os problemas e o cansaço pra não encher a paciência de ninguém requer uma forcinha considerável, e nesse 2005 ela rareou em muitos quadradinhos do calendário), nessa externalização, a introspecção reflexiva que me agrada vai pra béstia. Ah, aiai...
Vida amorosa eu não posso dizer que foi ruim, afinal, só se classifica como bom ou ruim algo que exista. Já o fato dela ser inexistente é que é profundamente lamentável... bem, esquece, não me aprofundarei nesse tema também ou o post todo vai pro poço, pra fossa!
Amizade!!! Pois sim, uma das chaves para a felicidade! Acho que, nesse quesito, foi um ano de sucesso! Amizades mais normais permaneceram boas em seu nível e função, amizades profundas e de alta confiança ficaram ainda mais concretizadas e fundamentadas... E amizades promissoras para serem profundas e de alta confiança surgiram da metade do ano pra frente e felizmente crescem mais rapidamente que o “Alien” do Ridley Scott, o que é maravilhoso!!!Vocês sabem do que falo (hei, esse “falo” não é fálico, ta?), né? :-D Sei que “Pequeno Príncipe” pode parecer coisa de Miss Festa da Goiaba, mas eu acredito profundamente no “és responsável pelo que cativas”. E eu sou do tipo que acha importante cativar e ser cativado!
Crescimento do conhecimento, outro aspecto! Dizia João Guimarães Rosa (mais ou menos isso) que o sentido de se viver é juntar conhecimento, que devemos aprender tanto quanto a vida permitir. Conhecimento nas áreas de interesse e curiosidades em geral é uma diversão/missão/hobby/busca diários! É tão bom!!! E, apesar de toda a energia mental, disposição e tempo despendidos naquele monte de coisas desinteressantes para mim relativas a vestibulares, acho que o tempo livre que sobrou (muito inferior ao que eu desejava) até que rendeu um pouco! Li muito menos do que desejava, vi menos filmes, toquei e ouvi menos músicas, xeretei menos em sites de diversos assuntos (de antigomobilismo à filatelia, de Jung e Freud à Mozart, de filosofia à fotografia e cinema), falei (mesmo via MSN) e vi menos amigos... mas enfim, a gente tem que se conformar.
Não acho mais nada para ser comentado. Não vale a pena dizer que eu também cresci e coisas do tipo.
Não sei também que comentário final caberia aqui... afinal, ainda é cedo demais para deseja Feliz Natal e um Feliz 2006! Então acaba assim, de repente, só pra variar um pouco!!! Ciao!
O ano ainda não acabou, mas como dezembro é um mês em grande parte dedicado a esse tipo de raciocínio, tento dar aquela tradicional desfragmentada geral nos últimos doze meses.
São vários os textos que por aí circulam dizendo que o ano é mais do que o período de translação do planeta, a nossa “rocha que gira no vácuo espalhando dor e sofrimento para todo lado” (hehe, não esqueci mais dessa do seriado “Blossom”; alguém viu isso?!), que o ano é um período afixado para que o homem, no final, possa se conformar com o cansaço e as fantasias não realizadas, possa celebrar as conquistas desse espaço de tempo e possa alimentar esperanças para a próxima leva que vem chegando... Eu concordo plenamente com isso! Então, vamos lá ver o que se passou nos últimos tempos comigo...
No campo acadêmico, vejamos! Foi o exaustivo ano da neurose do vestibular, do o que quer da vida, do “decida-se e faça bonito”, do “tomara que esse ano de tortura baste”; tudo isso é multiplamente doloroso pra pessoas como eu, que já são neuróticos por natureza, que prestam para cursos altamente concorridos, que acham que querem seguir uma profissão (e leia-se também vida) “arriscada”! Não vou discutir aqui mais uma vez a injustiça, má formatação e absurdos desse sistema, basta lembrar que doeu e DÓI pra caramba! Não sei ainda também se, quando esse período passar, eu vou querer me esquecer de tudo ou continuar (mais brandamente) revoltado com... O primeiro seria mais saudável, mas sei que tendo ao segundo caminho!
Se valeu a pena? Bem, eu fui aprovado em uma (yessssssssssssss! ;-D ) e, uma das maiores alegrias nisso é dizer que o que fez realmente a diferença nessa aprovação não foi nada que tenha aprendido no Ensino Médio, gastando minhas tardes (sim, estudo é investimento de tempo, mas afirmo que o conteúdo do ensino médio é, em boa e inegável parte, uma perda de vida!) fazendo exercícios de eletrostática ou polinômios! Não posso dizer o mesmo a respeito dos outros vestibulares que presto (e quero muuuito passar também, viva a USP!), mas enfim... isso não muda o conceito do resto!
Bem, no campo familiar, o que dizer? Boas afinidades costumeiras (há os atritos normais, eu não esperava algo diferente sendo eu tão teimoso, contestador e de gênio um pouco carregado), excluindo-se a acentuação dos atritos com a minha irmã... Também era mesmo de se esperar, um “perdedor chato careta” e uma “patricinha influenciável” sob mesmo teto não pode ser uma harmonia da ante-sala do Paraíso. Mas, enfim, normal! Perdi ainda nesse ano o último dos meus 4 avós... Hum, acho que é mais ou menos isso nesse quesito.
Acho também que melhorei em aspectos como impaciência, tolerância e fiquei menos sistemático e perfeccionista (mas ainda não no nível ideal). Também aprendi a ser menos tímido e calado (tirando o entre amigos, eu acho muito confortável o silêncio; mas, se me pedem minha opinião, não costumo medir esforços pra deixá-la bem clara, agrade ou não) nas horas oportunas e a esconder menos opiniões e sentimentos, creio eu. E saio desse ano ainda um pouco mais modernizado e muito menos caretão; ironicamente, nada que o eu de um ano atrás reprovaria, acredito. Não sei se as mudanças foram efetivamente aplicadas o tempo todo porque, como disse, a neura do vestibular consome a gente, mas sei que logo elas aparecem!
Alguns defeitos pioram ou surgem, mas esses acima citados eu consegui em parte combater, o que me deixa mais satisfeito. Acho que mantive o que considero qualidades em mim, apesar de o bom humor ter falhado em muitíssimos dias, pois às vezes falta energia pra engolir a angústia e (engolir os problemas e o cansaço pra não encher a paciência de ninguém requer uma forcinha considerável, e nesse 2005 ela rareou em muitos quadradinhos do calendário), nessa externalização, a introspecção reflexiva que me agrada vai pra béstia. Ah, aiai...
Vida amorosa eu não posso dizer que foi ruim, afinal, só se classifica como bom ou ruim algo que exista. Já o fato dela ser inexistente é que é profundamente lamentável... bem, esquece, não me aprofundarei nesse tema também ou o post todo vai pro poço, pra fossa!
Amizade!!! Pois sim, uma das chaves para a felicidade! Acho que, nesse quesito, foi um ano de sucesso! Amizades mais normais permaneceram boas em seu nível e função, amizades profundas e de alta confiança ficaram ainda mais concretizadas e fundamentadas... E amizades promissoras para serem profundas e de alta confiança surgiram da metade do ano pra frente e felizmente crescem mais rapidamente que o “Alien” do Ridley Scott, o que é maravilhoso!!!Vocês sabem do que falo (hei, esse “falo” não é fálico, ta?), né? :-D Sei que “Pequeno Príncipe” pode parecer coisa de Miss Festa da Goiaba, mas eu acredito profundamente no “és responsável pelo que cativas”. E eu sou do tipo que acha importante cativar e ser cativado!
Crescimento do conhecimento, outro aspecto! Dizia João Guimarães Rosa (mais ou menos isso) que o sentido de se viver é juntar conhecimento, que devemos aprender tanto quanto a vida permitir. Conhecimento nas áreas de interesse e curiosidades em geral é uma diversão/missão/hobby/busca diários! É tão bom!!! E, apesar de toda a energia mental, disposição e tempo despendidos naquele monte de coisas desinteressantes para mim relativas a vestibulares, acho que o tempo livre que sobrou (muito inferior ao que eu desejava) até que rendeu um pouco! Li muito menos do que desejava, vi menos filmes, toquei e ouvi menos músicas, xeretei menos em sites de diversos assuntos (de antigomobilismo à filatelia, de Jung e Freud à Mozart, de filosofia à fotografia e cinema), falei (mesmo via MSN) e vi menos amigos... mas enfim, a gente tem que se conformar.
Não acho mais nada para ser comentado. Não vale a pena dizer que eu também cresci e coisas do tipo.
Não sei também que comentário final caberia aqui... afinal, ainda é cedo demais para deseja Feliz Natal e um Feliz 2006! Então acaba assim, de repente, só pra variar um pouco!!! Ciao!
Pra não ficar um post sem imagens, vai essa fotografia que tirei de uma das minhas árvores favoritas, numa das estradinhas que circundam a cidade (Itatiba-Valinhos)! Gosto tanto dela (tão enorme e senhora em sua sapiência!) que coloquei até no álbum do Orkut outra foto dela!
Comentário Pós-post: Parte desse post foi escrito sob azia causada por uma pizza de quatro queijos. Portanto, se eu “viajei” muito, parte da culpa é daquele provolone radioativo!
Tive ajuda dos sons de Edith Piaf, Pink Floyd, Placebo, Thr Corrs e Vinicius de Moraes.
3 Comments:
Gustavo,
Mas já começou a contabilizar 2005! Muita calma que ainda faltam uns 20 dias, quem sabe aqula parte q vc reclamou ser inexistente não começa né! com toda minha clarividencia vejo um futuro promissor! hauhauahuha
Esse post foi realmente lindo, vc não acha q esse ano foi mto melhor do q prometia lá no finzinho de 2004?! ainda falta a etapa final é verade, mas até que deu para aguentar firme!
bjão querido!
OI, é engraçado como a gente é suscetível aos detalhes dessa nossa vida severina: quando eu li esse seu post ontem, eu ia fazer um comentário meio pra baixo, meio "o que é que a vida fez da nossa vida", então resolvi não comentar nada.
Mas eis que a alguns instantes atrás saiu a nota de corte da gloriosa/maldita Fuvest e... parabéns pra nós!
É terrível isso, a gente deveria ser mais equilibrado, afinal, um simples acontecimento talvez tenha feito meu ano valer a pena. Parece tão frágil,não?
Demasiado humano.
Olá, moço feliz e falante!
Nossa, foi ótimo conhecer você! (E extremamente rápido também)
É raro e ao mesmo tempo fácil encontrarmos pessoas que partilhem interesses e visões de vida conosco...
Bem, espero que eu possa fazer parte do seu grupo de "amizades promissoras para serem profundas", independentemente de cursarmos cinema juntos ano que vem... E, se você escolher ir pra Curitiba, espero também que eu possa continuar sendo sua amiga e, no fim das contas, acabar tendo sido importante para você de alguma forma.
Ótimo 2006 pra você!
Te adoro! (mesmo te conhecendo há tão pouco tempo)
=**
Natália Maeda
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