As Novas Eras - Bertolt Brecht
As novas eras não começam de uma vez
Meu avô já vivia no novo tempo
Meu neto viverá talvez ainda no velho,
A nova carne é comida com os velhos garfos.
Os carros automotores não havia
Nem os tanques
Os aeroplanos sobre nossos tetos não havia
Nem os bombardeiros.
Das novas antenas vêm as velhas tolices.
A sabedoria é transmitida de boca em boca.
Dentre os do acervo, o nhô Brecht. Por mais que, por vezes, seja duro, radical, extremo, concordando ou não com as idelogias e métodos de luta defendidos, não sei... eu acho tão bonito, tão sensata a paixão com que ele defende a causa. Porque, por baixo desse discurso, que hoje parece passado e datado, de revolução proletária e armas aos ombros, tem um humanismo tão grande, uma crença forte na coragem e na mudança. Esse que coloco aqui, em particular, não tem esse caráter próprio, é desconfiado, paulatino, mas ainda assim.
Ando precisando de coisas que empurrem pra frente, que ajudem na mudança, porém com algo de ancestral, algum enraizamento pra que não se caia de boca no desconhecido, no incerto. Porque, de outro modo, acho que não seria eu... Foi bom ler isso, foi bem bom!
Vou continuar comprando (ou baixando, né) sempre a antena nova, mas só se elas ainda sintonizarem canais velhos.
As novas eras não começam de uma vez
Meu avô já vivia no novo tempo
Meu neto viverá talvez ainda no velho,
A nova carne é comida com os velhos garfos.
Os carros automotores não havia
Nem os tanques
Os aeroplanos sobre nossos tetos não havia
Nem os bombardeiros.
Das novas antenas vêm as velhas tolices.
A sabedoria é transmitida de boca em boca.
Desde o começo do ano, comecei a me obrigar a ler os e-books que fui, e que vou, baixando por aí. Não sentar e ler de cabo a rabo, minhas chatices estão mais suaves mas ainda tenho algum problema em ler em telas. Papel, papel... tão confortável, tão sensível, tão... ok, mais caro, e menos arriscável, libertação libertação.
Pois bem, por serem passadas breves, como os folheares e refolheares em livros pouco tocados, da minha estante e das dos outros, procurei me ater mais aos de poemas. Sonetos do Neruda, versos do Benedetti, do Quintana, do Yeats, do Bukowski, mesmo voltas ao Whitman e a santo J.L.Borges. Aquelas passadas breves, despretensiosas, aleatórias, que já deram tantas iluminadas cruciais na hora certa; leia como providência literário-divina se desejar.
Dentre os do acervo, o nhô Brecht. Por mais que, por vezes, seja duro, radical, extremo, concordando ou não com as idelogias e métodos de luta defendidos, não sei... eu acho tão bonito, tão sensata a paixão com que ele defende a causa. Porque, por baixo desse discurso, que hoje parece passado e datado, de revolução proletária e armas aos ombros, tem um humanismo tão grande, uma crença forte na coragem e na mudança. Esse que coloco aqui, em particular, não tem esse caráter próprio, é desconfiado, paulatino, mas ainda assim.
Ando precisando de coisas que empurrem pra frente, que ajudem na mudança, porém com algo de ancestral, algum enraizamento pra que não se caia de boca no desconhecido, no incerto. Porque, de outro modo, acho que não seria eu... Foi bom ler isso, foi bem bom!
Vou continuar comprando (ou baixando, né) sempre a antena nova, mas só se elas ainda sintonizarem canais velhos.
* * *
Falando em papeis, não os de teatro: hoje, no banho, tive uma idéia para poema, e estava me agradando, fiquei feliz com ela! Já vinham versos, relações, uma sujeirinha que podia já indicar forma... Não é novidade, idéias grandes vem de banhos. Beethoven mesmo, tio Ludwig, jogava água gelada na cabeça pra compor. Masss, ao me secar, divaguei com a minha cabeça fraca e de memória Ram restrita, e perdi tudo!!!
Grrrrr, que ódio imenso, pqpcazzo: é urgente, que se invete o papel à prova d'água! Porque pra sair do banho e anotar, além de tirar o prazer de se lavar naquele fluxo, é impossível nesse frio...
Ou então vou aderir aos trabalhosos banhos de banheira, mais maleáveis.
3 Comments:
Talvez uma boa alternativa seja escrever no vapor do box. Ou no espelho do lavabo... Piores são as idéias que nascem no período de vígilia. Alguns dos meus aforismos mais consistentes foram criados (e perdidos) no pequeno espaço-tempo entre estar acordada e estar hibernando.
Adoro seus textos!!!!
Tenho saudades dos papos malucos da época dos Levantadores!!!
Bjos!!!!!
ps. teu blog está favoritado no meu....
Primeira vez que visito o seu blog e já me deparo com um texto por/sobre titio Brecht. Fascinante ainda por cima. Hm, voltarei mais vezes por aqui.
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