Sei que esse não é o mais esperado dos temas para esse post de final de ano, mas gostei da linha de raciocínio e vou expor toda a tralha aqui! Sim, discutamos as gravatas!
Tínhamos, eu e Marilia, uma conversa normal no MSN que, após passar por assuntos como formaturas (vide outra teoria sobre mais abaixo), sincronicidade e Jung (fantástico, tremendo tema), Donald Trump (invejo aquele cabelo... hahaha, brincadeira) e aviões Concorde (a mais fálica das aeronaves), caímos nas gravatas!
Ultimamente, nosso grupo tem se apegado ao Freudianismo (Sigmund usava gravata como todos, hein!) em muitos momentos e a nossa ótica fálica do mundo surge constantemente. Falávamos sobre a “falicidade” (acho que essa palavra nem existe) do Concorde (que é algo caro, cobiçado, importante e imponente, tem o formato e ainda conta com aquele maldito bico móvel, terrível!) e, quando li a palavra gravata, houve o insight: a gravata vai além de um simplório qualquer!
Veja nossas conclusões: é um falo inerte (tecido mole que esvoaça com o vento, usando-se prendedor ou não) e contrário ao real, e que, com aquela ponta (sim, a gravata tradicional não é uma tira horizontal que acaba quadrada, tira-se um triângulo de cada ponta) forma uma seta dirigida pro equipamento do dono!!! Ou seja, é um meio do usuário sugerir o que tem e gabar-se dele, como naquelas placas indicando lojas cujo formato lembra o artigo vendido (uma placa de supermercado em formato de carrinho de compras, por ex.)!
Comentei com Marília que sempre adorei usar gravatas e ela emenda: “Mas claro, você quer valorizar o seu”! A maioria dos homens acha incômodo, mas dou razão a ela: a maioria se incomoda pelo desconforto físico daquilo no colarinho, mas ainda assim digo que muitos não gostam por achar feio mesmo.
Continuamos depois com a gravata borboleta, que gerou dois caminhos interpretativos, o dela mais aceitável e o um meu mais “viajadão”.
1) Fácil de se entender; a pessoa tem tanto o falo quanto o lugar onde colocá-lo, a borboleta (símbolo que já se explica por si só), ou seja, ele diz “baby, olha como eu me completo sozinho, sou um ser auto-suficiente”! Por isso que smoking é mais elegante e chique que um terno!!! Com smoking, a criatura está se “achando mais”!
2) Considere os dois lados da borboleta, cada um com uma volta formando um orifício e o nó no meio, sólida unidade! Com esses dois buracos, ele diz “olha, eu me completo pois tenho o falo e onde coloca-lo, mas ainda assim sobra um orifício e, como eu sou tão legal e bondoso, posso cedê-lo para seu uso”. É meio egoísta, mas me ocorreu...
Contudo, há ainda uma visão muito bonita: olhamos para a unidade comum dos lados no nó no centro e podemos achar que é apenas um simples entrelaçamento que os une mas, ao desmancharmos, encontramos a gravata como uma tira inteiriça, ou seja, desde o princípio os lados já eram unidos e nem sabiam! Lindo isso, dá belos paralelos...
E então, acham que somos realmente carentes de Lexotan e outros tarja preta, que temos um senso de psicofilosofia humorística muuuito do ruim ou isso pode, lá no fundo, fazer algum sentido?
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Nesses tempos de “2005 em Grand Finale”, após duas formaturas, outra asneirinha me ocorreu. Ver aquele monte de gente, após as colações cheias de pompa e roupas da maior fineza, todos correm pra dançar “sugestivamente” sons com termos do tipo “cachorra”, “atolada”, “dar é bom”, “tchutchuca”, “mulheres dragões”... Sabe, não entendi ainda, minha pobre mente atrasada é um tanto incompetente frente a essas mesclas sincréticas.
Não é preconceito, de modo algum! Mas é estranho...
Seria o conceito do “vista-se como princesa para depois virar a noite como vadia”???
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Enquanto escrevia esse post, toca o interfone e Mr. Gus, o único ser (acordado) em casa (bem, tem a Mentirinha), vai atender com a esperança de que fosse um pacote da Saraiva (não era presente pra mim, mas o paranóico aqui faz questão de entregá-los aos destinatários na data certa). Oh, e sabe o que surge no meu portão durante a vomitação das gravatas fálicas? É o meu vizinho, com uma sacola contendo algumas BERINJELAS e uma MORANGA, pedindo que entregasse para a minha mãe!!! Olha, não sei agora lendo, mas nesse momento estou achando a situação muito da bizarra e engraçada!!! Hahahaha!
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That’s all, folks, (<- com a voz do Gagaguinho) ao menos por esse ano! E já chega, né... (vide o outro post)! Que 2006 renda ainda mais e que cheguemos aos objetivos sofrendo menos! Um Feliz Natal! Muita paz, saúde, alegria, conquistas, realizações, vitórias e tudo o mais de bom para todos e suas famílias! Desculpe repetir esses clichês de cartões festivos, mas são meus desejos sinceros! (Não colocarei aqui saudações religiosas porque, apesar de eu o ser, esse é um espaço laico). Até 2006, o ano que há de dar muito certo!!! Logo logo tem mais Panis et Nonsenses! Beijo, abraço... e ciao ciao!