Panis et Nonsenses... !!!

Divagações, momentos, memórias, delongueadas, poulaineadas, patetices, cinismo, teses de sentido e validade duvidosos, jedaizices, incoerências ambíguas e sem lógica, e supercalifragilistiexpiralidosações em geral! Ou seja, eu... eu acho!!! Constante inconstância exclamativo-interrogativa... acho que isso diz muito e pouco, dependendo da ótica

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Não creio que esse perfil mereça algum esforço de boa descrição... Não que este daqui mereça, mas: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=995235312369024623

Saturday, July 30, 2005

Sugira um título e ganhe uma paçoquinha imaginária...

Aqui começa mais um post do Panis et Nonsenses, o blog que mesmo sendo mudo tem pretensões da ganhar um Grammy!
Mutcho bem, acabaram-se as férias!!! Mas nesse post não estou a fim de debater sobre isso, sobre a tortura que são as aulas (agora em dobro, olha só!), sobre a incerteza do vestibular e do quão desesperador é este sistema... talvez em um outro dia! Só adianto que esses tempos eu ando mais propenso ao curso de Cinema mesmo (sonhão), apesar de ainda pensar na Psicologia e no Jornalismo.
Comento aqui que hoje é a Apresentação de Gala dos 99 anos da banda onde toco e estou achando que vai ser muito legal, ainda mais com aquele repertório (tem uma das minhas músicas favoritas, “Over the Rainbow”, que a gente toca junto com a recém-formada, como tudo que é comparado à banda quase centenária, orquestra de flautas)!!! Torçam para fazer frio, pois vou ter que usar terno e no calor é bem incômodo (adoro usar terno e gravata!!!)!

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Após a propaganda do “Delongas” by Suzane, vou divulgar aqui mais dois links! Por ordem de tempo de conhecimento:
* “O Estranho”, blog do Édipo, grande amigo de anos, pessoa que entende meus pontos de vista filosóficos e com quem se conversa sobre assuntos bem variados (inclusive música... afinal, nós fomos o Grupo NEMO e ele é da grande banda Paradoxo, da qual sou presidente do fã clube e fã n°1). Vão lá: http://www.oestranho.blogger.com.br/ .
* Flog da Marilia, a dona da casa em questão no post anterior e nova amiga! Essa baterista, além de simpatia e senso de humor, tem bom gosto (Diana Krall, Queen, Beatles...). Foi de lá que saiu a foto que exibo mais abaixo nesse mesmo post (Marilia, nada de cobrar royalties, hein!), leiam sobre nas próximas linhas. Visitem! www.flogs.com.br/mariliajustino

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Na segunda visita à casa da Marilia pra ver filme (por sinal, Nicole Kidman decepcionante em “Reencarnação”, filme ordinário!), os presentes e eu resolvemos ensinar o Iuri a andar de bicicleta! Pois claro, achamos inconcebível o primeiro colocado de seu curso na UNESP não saber uma coisa dessas! Primeiro, na bicicleta do Lupa, com Maria Clara e eu servindo de apoio (vide foto abaixo... é só braço em volta do coitado!)! No dia seguinte, na rua, agora com a bicicleta da Maria Clara, eu e a Giovana dando apoio pra que ele não fosse pro asfalto tomar uma ralada. Os progressos foram muito consideráveis e, apesar dele ainda ter que treinar um pouco, logo logo ele descobrirá que dar umas pedaladas é bem divertido! Destaque para a onomatopéia da vez: “iiiihhhhhhhhhhhhh”! Melhor não comentar as nossas teorias brilhantes pra explicar o grito...

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Mais uma sugestão musical, agora nacional (yeah, nós temos bananas)! Não faço nem idéia de quem é esse Sidney, mas conheço na voz do grupo MPB4. Pode não ser uma melodia muito empolgante (se você estiver em um dia agitado, claro), mas casa perfeitamente com essa letra (que muito me agradou) e o arranjo é fabuloso, com flauta e algumas cordas. Procurem e me contem!

Pois é, pra quê
Composição: Sidney Müller

O automóvel corre
a lembrança morre
O suor escorre e molha a calçada
A verdade na rua a verdade no povo
A mulher toda nua mas nada de novo
A revolta latente que ninguém vê
E nem sabe se sente pois é pre que
O imposto a conta o bazar barato
O relógio aponta o momento exato
Da morte incerta a gravata enforca
O sapato aperta o país exporta
E na minha porta ninguém quer ver
Uma sombra morta pois é pra que

Que rapaz é esse que estranho canto
Seu rosto é santo seu canto é tudo
Saiu do nada da dor fingida
Desceu a estrada subiu na vida
A menina aflita ele não quer ver
A guitarra excita pois é pra que
A fome a doença o esporte a gincana
A praia compensa o trabalho a semana
O chopp o cinema o amor que atenua
Um tiro no peito o sangue na rua
A fome a doença não sei mais porque
Que noite que lua meu bem pra que
O patrão sustenta o café o almoço
O jornal comenta o rapaz tão moço
O calor aumenta a família cresce
O cientista inventa uma flor que parece
A razão mais segura pra ninguém saber
De outra flor que tortura

No fim do mundo tem um tesouro
Quem foi primeiro carrega o ouro
A vida passa no meu cigarro
Quem tem mais pressa que arranje um carro
Pra andar ligeiro sem ter porque
Sem ter pra onde pois é pra que
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Filme da vez, um crassicão: “Candelabro Italiano”, 1962. Eu ando meio empenhado em ver filmes de outras épocas já faz um bom tempo; não só pra entender a evolução da técnica, mas por prazer mesmo. Fundo de baú é comigo mesmo.
Primeiramente, a música tema, “Al di la”! Maravilhosa, pra quem gosta de um som macarrônico romântico, procurem a letra. Bem característica. Também os cenários, que vão desde a maravilhosa Roma histórica até os Alpes Italianos do norte (Aiai, quem sabe eu não consigo ir pra Treviso um dia? Ter parentes e contatos facilita, mas acho que tenho que realizar umas coisas por aqui por enquanto...) já valem o filme todo. Como aquela paisagem europeia me contagia!!! Já pensou que delícia, cruzar aquelas estradinhas alpinas italianas num Alfa Romeo conversível, com uma companhia especial no banco do carona e uma boa música no som? Passeando pela bota, depois indo para a Europa Oriental, Praga, Viena, Berlim, Paris, Londres... Olha, taí um modelo de vida! Deus queira, eu chego lá!
Prum antigomobilista também é prato cheio, as ruas são pipocadas de belos veículos da época e a lambreta (não me recordo se é uma Lambretta,Vespa ou outra marca) é quase um personagem de tão presente. O roteiro é bem melosão e as atuações idem, não sei se é todo dia que tem-se pique pra isso... eu não gosto sempre não, mas peguei em um dia propício, a ponto de achar bem tocante (ia alugar “Rocco e seus irmãos” do Visconti, mas era meio longo e não daria tempo de terminar). Basicamente: Prudence é uma norte-americana que parte pra Italia procurar seu par ideal (ela é uma mulher perfeita, ideal, etc., a idéia é que ela é aquilo com que todo cara decente sonha) e lá acha Don, outro americano estudando artes plásticas em Roma, que... bem, ele tinha uma ex-namorada perversa e daí há o desenrolar! O ritmo é bonzinho sim, não desmereço!
Gustavo aponta um erro imperdoável: a lambreta da capa do filme é de cor diferente da que o Don usa no filme! Como pode???

Na foto acima, a famosa e celestial "Fontana di Trevi"... preciso achar logo "A Doce Vida do Fellini! Enquanto não dá pra conhecer ao vivo, né...
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Citação da vez:
“Às vezes eu penso que o sinal mais forte da existência de vida inteligente em outra parte do universo, é que eles nunca entraram em contato conosco." – da brilhante tirinah de quadrinhos Calvin&Hobbes, de Bill Watterson. Lamentável ele ter parado de fazê-la...
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Desculpem, achei esse post pouco inspirado... Ontem eu estava com mil e uma idéias, mas a minha irmã ranzinza tiiiinha que usar o micro de todo jeito urgentemente (pra espinafrar com alguma amiguinha patricinha que os meus pais, pessoas que consideram muito sensatras nesse quesito e situação, acham absurdo o fato de que ela só é feliz se ficar 23h por dia fora de casa...) e cortou o meu barato. Nem compensava discutir, eu estava cansado demais pra isso e não adianta usar argumentação racional com parede. Bem, eu fiz o que pude... Abraço, beijo, peço que comentem sinceramente e até logo! Ciao!

Friday, July 22, 2005

Um post diverso...

Muito bem, nesse começo de blog já falei de mim porcamente, de uma chaminé (que agora não o é mais, inafortunadamente) e de um bom filme. Não pretendia postar aqui agora, queria mesmo é tentar colocar duas idéias de crônica pra fora (uma delas, sobre o azar, tida durante uma caminhada, onde a mente fica solta e os olhos em paz pra ver o que está em volta... putz, será que eu tô meio deprê hoje e não saquei ainda?), mas não estou botando muita fé nelas e decidi que era hora de atualizar o blog. Porém, desta vez vou fazer algo mais diverso, falando sobre várias coisas! Prossigamos:

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Primeiramente, uma propagandazinha que estou devendo há tempos! Um dos meus endereços favoritos na Internet, o blog da Su(...zane; ou Liv), uma grande amiga incrível e que diz coisas igualmente incríveis de um jeitinho único! Grande fã dela declarado sou eu (falando-imitando Master Yoda...)! O nome é Delongas (característica que, por sinal, também é do meu feitio) e o endereço é www.delongas.blogspot.com . Esse eu agarantio muitio!
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Ah, sim, filmes! Estava com muita vontade de comentar o “Antes do Amanhecer” e “Antes do Pôr-do-Sol” (na foto, uma invejável edição estrangeira de um box reunindo os dois... brasileiro não merece não, é, seus executivos sem coração?), de Richard Linklater, mas essas pérolas únicas merecem um post solo! Vou comentar aqui um outro filme, unido a uma situação interessante!
O grande amigo Iuri resolveu me sacanear! Estávamos na casa dele para ver o tal filme (calma, filho, já falo qual!) quando liga uma amiga dele e eles combinam de ir na casa dela ver o tal filme... e me convida junto ainda! Ou seja, eu fui à casa de uma pessoa com quem só havia falado uma vez, junto a pessoas que não conhecia, tirei os sapatos e sentei no tapete! Hahahaha, definitivamente, um nunca havia feito isso! Não me constranjo pelas pessoas, por favor, que são gente boníssima (simpáticos, divertidos, com bom gosto, realmente gente que vale a pena se conversar e fazer amizade... e eles achavam que eu era amigo imaginário de Iuri, pois ele falava de mim mas nunca conseguia ver essas pessoas!), mas eu achei que era uma situação maluca (do tipo: eu não me importaria se fosse o dono da casa, mas me intimido por ser o ‘convidado desconhecido)... e, no fim das contas, foi ótimo!!! E vejam só, foi no dia do amigo!
Falando em dia do amigo, aproveito pra colocar algumas citações (adoooro citações!!!) sobre que, pasmem, recebi num e-mail filatélico (pra quem não sabe, meu pai é filatelista por hobby e eu entrei na dança há uns anos...):

"Não há nenhuma situação que não possa ser melhorada quando se conta com um amigo sincero" – Goethe
Dostoievski (adorei “Crime e Castigo”, leiam!!!) dizia que "que só havia uma coisa a temer, a solidão".

Pra vocês... afinal, se estão visitando isso e gostaram, são amigos ou, ao menos, amigos em potencial!
Mas, vamos finalmente ao filme (viu, apressado, eu disse que chegava nele): “O Clã das Adagas Voadoras”! Filme chinês (ou seja, sem legenda dá pra entender tudo... eles falam com uma entonação bem cômica em relação ao padrão europeu, norte-americano e mesmo tupiniquim... é um tanto teatral) com aquela estrutura de sociedade secreta perseguida pelo governo, honra, clã, justiça com as mãos, coreografias e danças deslumbrantes, uma fotografia de bom gosto, locações de extremo primor e uma trilha sonora curiosa!!!
Sim, a trilha!!! È algo que já apurei em algumas obras, mas não tão evidente como nesse! Eles fazem o seguinte: começam uma cena específica com um pedacinho inicial de outra melodia famosa do cinema e depois abandonam, seguindo tema próprio! Talvez seja um jeito de induzir os ocidentais a vivenciar as emoções deles com o mesmo vigor que nos filmes dessas nossas bandas... ou talvez seja sacanagem mesmo, hahaha! Tem uma alusão claríssima e berrante ao tema de “2001-Uma odisséia no espaço” (“Also Spach Zarathustra”, de Richard Strauss), também notada pelo Iuri, e achei uma do tema de “O Poderoso Chefão” (acho que essa é de Lalo Schifrin, o mesmo de “THX1138”).
Não delonguearei mais sobre o filme (ah, a propósito: quase esqueço de dizer que eu gostei!!!), mas apenas sobre um ponto: as adagas voando! É um daqueles filmes onde as lâminas tem vida própria, voam em trajetórias inexplicáveis como se teleguiadas... em resumo, a física newtoniana e a lógica de guerra ocidental não funcionam além do Tibet e Sikiang. Muita gente critica isso, mas, sabe que em muitos casos eu gosto muito?! Pois é, pra quem espera muita realidade pode se decepcionar, mas é o tipo de DVD que você aluga já com pensamento de abrir a cabeça e fazer concessões. A gente pode muito bem sair um pouco do mundo e refletir sobre como seria de aquilo se você estivesse no meio, ou em como seria se aquilo pudesse ser real... pomba, é uma das funções e poder elementar da arte cinematográfica! Não digo para todos os humores, mas na maioria dos dias eu consigo me divertir muito com isso!

***

Por esses dias também acabei vendo “Sem Destino” (Easy Rider, 1969, Dir. Dennis Hopper). Tirando alguns poucos pontos, como a trilha sonora com um rock’n roll de época excelente (tem até “The Weight”, da The Band, que eu acho muito boa, além do crássico “Born to be Wild”), pequenas passagens e a atuação do Jack Nicholson (que ficaria ainda melhor pouco depois, em “O Iluminado” e “Um estranho no ninho”)... não achei grande coisa não. Ah, e só nos créditos do fim do filme eu li que participou Phill Spector... será que é o dos Beatles??? Como não tinha DVD, aluguei esse em VHS mesmo e, portanto, não tive saco pra ficar avançando e procurando a criatura lá...
A seguir, reproduzo (mais ou menos, né) parte de um dos maiores diálogos do filme, dito após “smoke some grass”:
- Você já quis ser outra pessoa?
- Uma vez, eu quis ser o Porky Pig.
- Eu nunca quis ser outra pessoa...
Não sei porque estou citando isso aqui...
***

Finalmente, uma letra de música aqui! Ia colocar uma new-age que está na minha cabeça essa semana (“Only if”) mas, como não escrevi sobre “Antes do Amanhecer” e “Antes do Pôr-do-Sol”, vai uma das músicas do filme (são poucas, mas não poderiam ser melhores). É “A Waltz for a Night”, cantada pela atriz do filme, Julie Delpy (eu ainda preciso falar muito sobre essa mulher linda, talentosa na atuação e na música!). Espero que gostem!



A Waltz For a Night
Julie Delpy

Let me sing you a waltz
Out of nowhere, out of my thoughts
Let me sing you a waltz
About this one night stand
You were for me that night
Everything I always dreamt of in life
But now you're gone
You are far gone
All the way to your island of rain
It was for you just a one night thing
But you were much more to me
Just so you know
I hear rumors about you
About all the bad things you do
But when we were together alone
You didn't seem like a player at all
I don't care what they say
I know what you meant for me that day
I just wanted another try
I just wanted another night
Even if it doesn't seem quite right
You meant for me much more
Than anyone
I've met before
One single night with you little Jesse
Is worth a thousand with anybody
I have no bitterness, my sweet
I'll never forget this one night thing
Even tomorrow, another arms
My heart will stay yours until I die
Let me sing you a waltz
Out of nowhere, out of my blues
Let me sing you a waltz
About this lovely one night stand

***
Bem, esse foi mais um extenso, cansativo e confuso post!
Até o próximo e, a quem passar por aqui, peço que comente (pode xingar, não me importo, hahaha)!
Ciao!

(P.S. entre parênteses: Vocês perceberam que eu adoro parênteses, né?)

Wednesday, July 13, 2005

Hable com ella

Na tarde de hoje, após passar na biblioteca (livro de vestibular... não que sejam ruins, mas odeio ler algo obrigado e numa época em que nitidamente tenho vontade de ler outro tipo de coisa, mas enfim... sou vítima do sistema; e do Coronel Mostarda no Hall com a Chave Inglesa!), aluguei e assisti o “Fale com ela” (Espanha, 2002), do Pedro Almodóvar.

Gostei muito!!! A maior parte do elenco é muito agradável (eu não disse belo... aliás, reparem nos narizes do casal Marco e Lydia!) e tem até participação da Geraldine Chaplin (sim, ‘fia do hôme’!). O argumento é inteligente, o roteiro é bem desenvolvido e flui bem (não me cansei em parte alguma), a fotografia agrada (tem uma cena campestre que, se não fosse por um táxi no meio, lembraria “Sonhos”, do Kurosawa, no episódio do Van Gogh); mesmo sendo drama (e dos bons), não digo que não tenha algo sutilmente humorístico no meio da panela. Este é o terceiro filme dele que assisto (antes, “Tudo sobre minha mãe” e, recentemente, “Má Educação”); em relação aos outros, é o mais suave (em matéria de perversões, sacanagens, coisas do Almodóvar mesmo... mas ele não deixaria de colocar umas cenas de nudez!), no roteiro e no visual.

Não vou poder contar muito, senão estrago a surpresa de quem está lendo (nem escrevo “surpresa de vocês” porque nem sei se mais de um lerá isso, hahaha), e vou tentar dizer até menos do que a caixinha do DVD. Aliás, antes disso, uma crítica ao DVD: totalmente mal formatado! Sabe quando os títulos são cortados pela borda, falta um pedacinho e você vê que o enquadramento está meio próximo, checando ainda que o zoom do seu aparelho não está ligado? Acho que foi na hora de passar da película pro digital, ou talvez seja da edição brasileira mesmo... E a mala da minha irmã tirou sarro ainda (OK, não é a morte do filme e nem esquento muito com isso, mas de qualquer modo é um erro que julgo como primário...).

Voltando à sinopse: basicamente, o escritor (de guias de viagem!) Marco namora a toureira (!) Lydia (Nota pessoal: que mulher feia!), que sofre um acidente de trabalho e acaba no hospital, em coma. Lá, ele conhece o enfermeiro Benigno Martin, que cuida da também em coma Alicia (Nota pessoal: que mulher bonita! Com cabelo chanel, ela me lembrou a minha muy querida Natalie Portman em ‘Closer’, num lampejo!). Falando assim, pode parecer desinteressante, mas não conto mais que isso... A vida de todos acaba se ligando (levemente no passado, forte no presente e ainda mais com o desenrolar da trama), naturalmente e por fatores diversos, mas de um modo que me agradou muito! Apesar das excentricidades, eu aprecio muito o estilão do Pedro, seja escrevendo ou dirigindo (não que tenha notado algo supra nisso, mas o ritmo é muito bom). Desculpem se não empolguei com a sinopse, mas se eu começar a colocar os maiores detalhes vou me empolgar e contar demais...

A dança é muito presente nesse filme e as coreografias são muito bonitas e bem executadas (palavra de quem não entende coisa alguma disso, mas aprecia). A música sim posso dizer que é boa!

E eu acho que o Almodóvar precisa de umas consultinhas com um psicanalista: durante o filme, chega um ponto em que um personagem assiste a um filme do cinema mudo, onde ocorre a coisa mais ‘almodovérica’ (leia-se, aqui, fálica) da obra. Visão estranha, mas acho que não muito incomum... será que é da infância dele aquilo? Ah, Pedrito...
E, pra finalizar, alerto que tem fortes referências a nosso povo tupiniquim! Aparece atuando o Caetano Veloso, cantando em espanhol em uma espécie de sarau (numa bela locação... e no making off ele fala com o diretor e o Almodóvar até arrisca uma palavra em português), outra música com Elis Regina, um ator cita uma letra de Jobim e escreveu um guia de viagem sobre nosso país! Bom pra nós!
Recomendo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Aluguem sim!!!
P.S.: Após escrever isso, acabo de ter a brilhante idéia (dããã...) de pesquisar sobre na net e achei dois fatos citáveis: Almodóvar é homossexual assumido e grupos ecologistas acusam-no de ter matado animais nesse filme (a equipe rebateu que não...)! Tourada pode ter o charme da coreografia do toureiro, a tradição e tudo o mais, mas, convenhamos: que coisa mais estúpida!

Em tempo: a chaminé do post anterior já não existe mais... :O(

Saturday, July 09, 2005

Enquanto escolho o tema do novo post, vou corrigir dois erros do anterior...

1 - Indicado pela Liv (Brigadão, moça!): onde estiver Mrs., leia-se Mr.!!!!!!!!! A Mrs. Gus eu sonho e espero encontrar (vai até que eu já achei), de preferência em curtíssimo prazo... Acho que devo procurar mais nos hospícios... :O)

2-Eu não vi 3 filmes do Polansky... eu vi 5!!! Muito bons, recomendo!

Em breve, novo post! Aguarde e visite!

Mr. Gustavo Fattori - A passeio, perdido no mundo...