Meditação futurística sobre o meu próprio umbigo

Pensava nesses dias que era a hora de escrever algo aqui novamente... Faço isso para me obrigar a botar algumas idéias para fora, ou então meus escritos ficam todos em papéis de rascunho (anotados antes de dormir, em geral) e eu acabo não estruturado nada. Na verdade, as idéias que eu anoto nos papeizinhos são totalmente diversas às que vem para cá, mas enfim... isso é um bom exercício!
Era pra já ter um post de uma semana aqui, sobre os 250 anos de Mozart e música clássica, mas ele não me deixou satisfeito e nem foi pro ar... acontece!

Ando nuns dias meio saudosistas, ia colocar algo sobre lembranças da infância (não mais freudianismo, já deu!), mas acho que um tormento “contemporâneo” vem me cutucando mais e resolvi tentar regurgitar algo coerente sobre aqui: destino na faculdade!

É desesperador saber que, em menos de uma semana, algo que é quase que o destino de minha vida (em partes, vá... e eu não estou sendo melodramático!) será decidido, o rumo universitário. Não agüento mais esperar, queria poder saber já o que vai ser de minha vida!

Por hora, eu sou um vestibulando aprovado na Escola Superior Sul Americana de Cinema e TV (“CinetvPR”) para o Bacharelado em Cinema. Vamos aos fatos: fica a mais de 450Km daqui e, se é uma mudança meio brusca, serve pra ensinar certas coisas na marra, hahaha (bem, ficar longe de um monte de gente que a gente gosta não é exatamente animador, né, mas...)! A terra é maravilhosa, o clima idem, sem reclamações para com isso. O curso é novo, apenas uma turma fazendo há 6 meses, ainda não tem os equipamentos nem pode se dar ao luxo de ser fidelíssimo à grade pelo motivo anterior, além do campus ser de acesso meio complexo... Mas há chances da tralha toda chegar logo, e os professores parecem bem empenhados, até já emprestaram material próprio para que os alunos já fossem realizando algo. Outro ponto positivo: tem caráter bem prático, é mão na massa! O estado não tem mercado audiovisual (farejei que um dos intuitos do curso é criá-lo), e ser pioneiro tem vantagens, mas é beeem arriscado (ainda mais nesse campo artístico, risco por natureza no Brasil). Não quer dizer que eu tenha que ficar lá... se bem que um cavalheiro com bom grau de sanidade que conhece e mora Curitiba só deixa tal senhorita por um motivo grande, acredito!

Na próxima semana, saem USP, UNICAMP e Ufscar (essa última está abaixo de Curitiba no meu ranking... não vou nem delonguear sobre, é questão de feeling)! Se eu passar em uma das duas primeiras, ou quiçá nas duas (imagine, quanta pretensão... em uma já é pedir bastante!), vai ser doloroso decidir, por isso já estou desde já explanando bem tudo pra poder pensar com calma.

A UNICAMP é a que me encanta a mais tempo (não que isso valha para algo, mas convenhamos que aquele gramadão em frente ao Instituto de Artes é hipnótico)! O curso é Comunicação Social – Habilitação em Midialogia, o que quer dizer muita teoria e uma prática legal sobre as mais diversas categorias de mídia e meio audiovisual: cinema, televisão, rádio, fotografia, animação...e por aí vai. É maravilhoso porque eu adoro tudo isso, teria uma noção completa! E o que me dá chances muito maiores no mercado de trabalho, que (em relação ao cinema) me assusta menos que no começo mas ainda assusta... É o tal dilema: o que eu mais gosto é cinema, e no Paraná investiria quatro anos quase que totalmente direcionados para isso; em Campinas, terei uma noção menor mas de muito mais áreas. Eu já sei que trabalhar com cinema puro é um sonho meio alto, que fazendo cinema acaba se caindo em algo como produção de vídeos e etc., ou seja, ao que parece ficar na Unicamp e ver só um pouco pode ser muito menos desinteressante do que eu imaginava.
Bem, na real, só terei as noções exatas disso quando estiver dentro do curso, por hora é só divagação meio que barata...

E faltou a USP! Bem, lá é Audiovisual, que oficialmente tem 8 semestres mas segundo alunos do curso (no Orkut) conclui-se em 5 anos e meio ou mais, é uma grade caprichadona! Parte das pessoas de lá tem fama de serem mais egocêntricas e futilizadas (não em relação à cultura, mais às atitudes) que nos demais lugares, mas não sei, isso pode ser uma tremenda bobagem... pode ser que a recepção acaloradíssima da Unicamp é que empolgue demais! É um lugar também muito legal, no meio de uma cidade que eu não gosto (mas me tornei mais flexível; até estou mais feliz pela vida cultural de Sampa!), mas onde há lugares para se trabalhar (creio eu). Um curso já antigo, que sofreu fusões, reformulações, modernizações, com uma gama de professores de qualidade.

Bem, é mais ou menos esse o tamanho do pepino!!!Não rezo mais pra passar aqui ou acolá, mas para que o melhor para mim, num âmbito geral, aconteça!!!

Torço muito pelo mesmo para todos os amigos!!!
A gente há de achar um caminho perfeito!

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{Bosta de Blogger, não me deixa colocar a foto do eu-bebê...humpf!)

As vezes é bom lembrar que esse garotinho aqui em cima ainda existe dentro de mim e existirá sempre! Se deixar de existir, eu não presto mais (menos que agora, sim!)... As maiores pessoas que conheço e sobre quem já ouvi falar mantiveram o seu lado criança (interpretem isso como quiser, vale tudo: pureza, senso de humor aberto, sensibilidade, alegria por quase nada...paz interior!).
Até me reprimo por muitas vezes deixar ele oculto demais, ele deveria respirar bem mais...
Me veio à mente isso porque eu me lembrei que o invejo em muitos pontos (assim como a minha cadela de estimação)! Se por um lado ele não podia ter animadas discussões sobre metafísica/política/massa de modelar comestível/gente tosca/bizarrices, ele também não tinha que tomar decisões como as expostas nesse post, não tinha que estudar matérias que não gosta “porque o sistema exige”, não tinha que sofrer por si e pelos outros (e por si+outros que infelizmente e com todos os raios não são si+mais outros), não tinha consciência de que um dia tudo acaba e nenhuma das gotas de suor de desespero servem mais pra nada (e na verdade nunca serviram)... Bom, esqueçam, antes que isso fique muito extremo é melhor parar!!!

Só peço que mantenham esses pequenos em vocês sempre e os usem!

(E desculpem se isso ficou muito patético... e bem do feitio do Gus mais velho!)

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Da minha atual leitura, “O Aleph” de Jorge Luis Borges (novo ídolo pra galeria, do estilo “tudo o que pensei e/ou jamais pensei sobre X assunto mas jamais teria capacidade de expor assim”)! Esse é do conto “O imortal”:

“Ser imortal é insignificante; com exceção do homem, todas as criaturas o são, pois ignoram a morte; o divino, o terrível, o incompreensível é saber-se imortal.”

(Muito bem grifado, Iuri! Obrigado!)

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Cest fini! Torcida por todos, torçam por mim!

P.S.: Parabéns aos amigos Unespizados! Aeeeeeeeeee!
E à Psicóloga Suzane, idem!!! Aeeeeeeeeee!